A Plataforma P'la Reposição das Scut na A23 e A25 vai contactar os líderes dos partidos em janeiro, para que assumam “posições claras, inequívocas”, sobre a eliminação das portagens, foi hoje anunciado.
A organização, que integra sete entidades da Beira Interior, distritos da Guarda e Castelo Branco, informou hoje, em comunicado enviado à agência Lusa, que em 06 de fevereiro promove, na Covilhã, às 15:00, a conferência “Reposição das Scut na A23, A24 e A25 e a mobilidade e sustentabilidade do interior”.
Segundo a Plataforma, os encontros com os representantes partidários devem acontecer na região.
“No início de janeiro iremos contactar os presidentes e ou secretários-gerais dos partidos democráticos com grupo parlamentar para virem reunir com a Plataforma e, nessas reuniões, assumirem posições claras, inequívocas e firmadas sobre a reposição das Scut no interior, devendo essas reuniões ter lugar na Beira Interior”, realçou o movimento, na mesma nota.
A estrutura recordou a audiência, em novembro, com a Comissão de Economia e Finanças na Assembleia da República, a quem foram manifestadas “profundas preocupações com a falta de vontade política em recuperar a mobilidade no território da Beira Interior”.
A Plataforma criticou o Governo por o desconto aplicado em 2020 não incidir sobre as tarifas de 2011, quando foram eliminadas as Scut (vias sem custos para o utilizador), mas sobre os valores praticados no ano anterior e diz que o mesmo aconteceu com a redução a aplicar em janeiro.
“Desta vez, foi simplesmente anulada a portaria 138-D/2021”, censurou o movimento, que acusou o Governo de ter recorrido a “engenharia financeira”.
A Plataforma sublinhou que “mais uma vez a engenharia financeira das Finanças prevaleceu sobre o bom senso e o cumprimento de promessas de repor as Scut na versão e com os objetivos para os quais foram criadas, sem custos para o utilizador”.
A Plataforma P'la Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
A A23 (Autoestrada da Beira Interior) liga Guarda a Torres Novas (A1), enquanto a A25 (Autoestrada Beiras Litoral e Alta) assegura a ligação entre Aveiro e a fronteira de Vilar Formoso.
Lusa