O Presidente da República enalteceu hoje a capacidade de resposta “muito rápida” das autoridades e a “muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil” referindo que “funcionou aquilo que devia ter funcionado” na resposta ao sismo.
Em declarações aos jornalistas após um encontro com Paulo Rangel - primeiro-ministro em funções durante a ausência de Luís Montenegro - no Palácio de Belém, Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou que a capacidade de resposta da Proteção Civil “só não foi mais rápida porque havia que validar as informações” entre as 05:11 e as 05:50.
O Presidente da República sublinhou a coordenação entre as autoridades referindo que o “primeiro-ministro em funções comunicou à Presidência da República muito poucos minutos depois de ter sabido e muito poucos minutos depois de ter ocorrido o sismo e decidiu imediatamente fixar a reunião” inicialmente agendada para as 09:00 e posteriormente adiada para as 10:00.
“Não se sabia na altura da incidência total - que felizmente não é o que se temia - do sismo. Portanto, a mensagem é muito simples: serenidade, tranquilidade, normalidade, quem andar por Lisboa verifica isso e a informação que temos de outros pontos da área teoricamente abrangida é a mesma, é um começo de semana normal, natural e, portanto, sem razões nenhumas da preocupação particular”, disse o chefe de Estado.
O Presidente da República considerou ainda que, na reação a este sismo, “funcionou aquilo que devia ter funcionado” e realçou o trabalho das autoridades na validação da existência ou não de danos pessoas e patrimoniais.
Apesar disso, Marcelo sublinhou que se “retiram lições para o futuro” sobre a capacidade da proteção civil de comunicar com a população e agradeceu à comunicação social, considerando que “foram essenciais na comunicação aos portugueses”.
“Eu sei que a Proteção Civil está atenta a pormenores de comunicação e à capacidade de fazer face àquilo que é a resposta da parte dos portugueses ao quererem informação. Já não é a primeira vez que acontece com uma entidade pública”, disse.
Marcelo Rebelo Rebelo
O chefe de Estado realçou ainda a “notícia favorável” sobre o facto de as réplicas do sismo “ao contrário de outras circunstância e outros tempo” terem uma tendência decrescente, “afastando a especulação sobre réplicas de algum vulto como foi, apesar de tudo, uma réplica em 1969”.
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05:11 e teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, não causou danos pessoais ou materiais até ao momento, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Lusa