O processo de migração da rede de TDT está suspenso devido aos constrangimentos associados ao COVID-19.
A suspensão do processo decorre da prévia articulação entre a ANACOM e a MEO, operador da rede de TDT, e mereceu a necessária concordância do Governo.
Na sequência desta decisão, diz a ANACOM em comunicado que os emissores que iriam ser alterados a partir desta segunda-feira já não mudam de frequência na data prevista. É ainda adiantado que o processo será retomado assim que as condições associadas à pandemia o permitam.
Esta decisão de suspender o processo de transição justifica-se por um conjunto de dificuldades referidas pela MEO, devido ao impacto das medidas de proteção civil e de saúde pública adotadas ou a adotar, em face das recomendações da Direção Geral de Saúde para a COVID-19. Neste contexto, a empresa refere ainda o recurso a equipas técnicas de fornecedores estrangeiros.
No que respeita ao apoio ao utilizador de TDT, assegurado diretamente pela ANACOM através da linha de atendimento gratuita e das equipas técnicas de proximidade que estavam no terreno para apoio às populações, também importava "avaliar o impacto das medidas de contingência no seu normal funcionamento", diz a entidade.
"Releve-se que a deslocação destas equipas às residências da população já estava a ser feita com todas as precauções para prevenção de contaminação, mas ainda assim estavam sujeitas a uma probabilidade de contágio cada vez mais elevada, podendo contribuir inclusivamente para a disseminação do vírus", diz o comunicado.