A proteção civil nacional apelou hoje aos cidadãos para restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que provocou na noite de hoje 275 ocorrências nos distritos de Lisboa e Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.
Num ponto de situação feito pelas 07:00, o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, disse que até ao momento, não há registo nem de vítimas nem de desalojados.
O comandante Anacional alertou para os fortes condicionamentos de trânsito nos acessos a Lisboa, com inundações e lençóis de água que já obrigaram ao corte de dezenas de vias.
Segundo o responsável, devido a trabalhos na subestação da Abóbada, concelho de Cascais, está previsto um corte de energia de cerca de uma hora e meia num raio de 10 quilómetros nesta zona de Cascais.
O comandante nacional André Fernandes reconheceu que “não vai ser fácil” normalizar a situação, porque apesar de durante a manhã ser espectável uma redução na precipitação, depois voltará a intensificar-se, com picos de chuva forte.
“Hoje o dia vai ser complicado”, admitiu André Fernandes, que indicou que, só no distrito de Lisboa, houve 21 ocorrências durante a noite, até às 06:00.
Os acessos a Lisboa estão hoje “bastante condicionados”, com cortes pontuais em vias como a IC19, IC20 ou a CRIL (Circular Regional Interna de Lisboa).
Há igualmente fortes condicionamentos e cortes em estradas como a N117 (Queluz-Agés), N8, N215 em Loures, junto ao IKEA, no acesso da A8 a Loures, na N115 no Mexial, na N9 em Torres Vedras e na Calçada da Carriche, em Lisboa. A Radial de Benfica e a Segunda Circular também estão condicionadas.
A estação de comboios de Algés mantém-se encerrada, assim como a estação do metropolitano de Chelas. Ainda no metro de Lisboa, está condicionado o átrio Norte da estação do Jardim Zoológico.
Os problemas de circulação estendem-se à zona ribeirinha de Lisboa, entre Chelas e o Beato.
O acesso à Ponte 25 de Abril pela avenida de Ceuta, em Lisboa, também está cortado, segundo a proteção civil, que assume que com os picos de precipitação vai demorar a escoar a água da chuva e pede cuidados redobrados a quem tem mesmo que circular por causa dos lençóis de água.
O comandante sublinhou o trabalho dos serviços municipais de proteção civil, bombeiros e PSP, insistindo que o dispositivo no terreno é "forte e robusto" e que todos os meios estão "em prontidão imediata" para um eventual reforço, se necessário.
Lusa