A comissão distrital de Proteção Civil de Santarém reuniu-se esta manhã, 13 de março, no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, com o propósito de discutir a situação de alerta em que o país está desde ontem. O governo anunciou uma série de medidas que visam a contenção do corona vírus e que passam pelo encerramento de escolas, discotecas, redução dos limites de clientes em espaços de restauração e centros comerciais, restrição de visitas aos lares de idosos a que se juntaram outras de instituições públicas e privadas.
Já esta manhã a Conferência Episcopal Portuguesa anunciou a suspensão das missas e demais celebrações religiosas, ficando algumas decisões na direta ação dos párocos, como sejam funerais.
Nesta reunião estiveram presentes as câmaras municipais, as comunidades intermunicipais, autoridades, emergência, saúde primária e pública, saúde hospitalar, igreja, militares e representantes de ouras instituições.
Numa reunião que durou cerca de três horas foram muitas as questões colocadas por todos os setores presentes com uma interlocutora central, pode dizer-se, a doutora Maria dos Anjos, coordenadora de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo.
No final do encontro que pretendeu colocar todos os intervenientes a falar a uma só voz coube ao presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil, Miguel Borges fazer o balanço do encontro.
O objetivo foi ouvir as recomendações da Direção Geral de Saúde e “depois, entre nós, discutirmos e validar aquilo que estamos a fazer e validar as boas práticas”, diz Miguel Borges e acrescenta a mensagem geral de “há que levar isto a sério, muito a sério”.
Da mesma forma o presidente da Proteção Civil distrital e presidente da Câmara de Sardoal lançou o apelo para “ouvir as recomendações oficiais nacionais e distritais e depois assumir as boas práticas no dia a dia”. Miguel Borges vinca os pequenos gestos que podem fazer a diferença nesta batalha: “higienização e partilha de equipamentos depois podemos tomar decisões macro”. E depois acrescenta as medidas apresentadas pelo governo.
Não se sabe o rumo que vamos ter nesta pandemia em Portugal, mas “não queremos ser como Itália” por isso temos um trabalho conjunto a fazer: cidadãos e instituições.
Miguel Borges salienta também a medida anunciada na educação “não é para fecharmos as escolas e irmos todos para outros lados. Não uma interrupção para que os jovens tenham um comportamento igual ao que têm em tempos de férias normais”.
O presidente da Proteção Civil do distrito de Santarém conclui com o chavão antigo da emergência portuguesa: “a Proteção Civil somos todos nós”.
Miguel Borges, presidente da Proteção Civil distrital
Crédito: Paulo Sousa/CMS
E segundo a Direção-Geral da Saúde estes são os concelhos para prevenção individual dos cidadãos:
• Medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com um lenço de papel ou com o antebraço, nunca com as mãos, e deitar sempre o lenço de papel no lixo;
• Lavar as mãos frequentemente. Deve lavá-las sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes. Deve lavá-las durante 20 segundos (o tempo que demora a cantar os “Parabéns”) com água e sabão ou com solução à base de álcool a 70%;
• Evitar contacto próximo com pessoas com infeção respiratória;
• Evitar tocar na cara com as mãos;
• Evitar partilhar objetos pessoais ou comida em que tenha tocado.
E este é o número que deve ter sempre consigo: 808 24 24 24.