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No âmbito do programa Erasmus + Educação para Adultos, da Comissão Europeia, uma comitiva da TAGUS com artesãos de Abrantes, Constância e Sardoal, está na Estónia. Trata-te de uma ação de partilha de experiências e conhecimentos entre artífices dos dois países.
Recorde-se que esta ação começou no ano passado com uma visita de dirigentes da Tagus aquele país para se inteirar da forma como trabalham o artesanato. Na sequência desse primeiro contacto uma comitiva da FolkArt, a federação dos artesãos estonianos esteve depois nesta região do Ribatejo Interior.
E, dessa forma, por forma a desenvolver as Artes e Ofícios do Ribatejo Interior e a capacitação dos artesãos ficou agendada esta segunda deslocação a Tallin, mas desta vez com a presença de uma dezena de artesãos de Abrantes, Constância e Sardoal. A comitiva começou por conhecer a forma de valorização do artesanato estónio, através das lojas e oficinas, em Tallinn, que são apoiados pela FolkArt.
Depois os artesãos portugueses tiveram possibilidade de realizar uma oficina de palha, inspirando-os para a utilização de desperdícios na criação de novas peças ou até adaptação destas criações geométricas noutras matérias-primas.
Pedro Pereira, vereador da Câmara de Constância que preside à TAGUS, indicou a importância desta ação para os “nossos artesãos conhecerem a forma como se trabalha o artesanato” daquele país. Há uma aposta forte do estado no apoio aos artesãos, principalmente na capital, onde existem muitas oficinas e onde o visitante pode ver o artesão a trabalhar ao vivo. Não existem apenas lojas de artesanato com peças penduradas em estantes.
Nesta deslocação houve ainda contacto com estruturas representativas de artesãos, como a ECO que é uma associação europeia de artesanato.
Pedro Pereira vincou a importância destes contactos por forma a perceber como é que um outro território e cultura trabalha os seus produtos.
Célia Oliveira, artesã de Sardoal, destacou a importância desta visita para os próprios poderem ver formas diferentes de trabalhar. E destacou o facto de dos artesãos trabalharem ao vivo, para os visitantes. É uma forma de haver contacto e dos turistas e visitantes perceberem a matéria-prima e a forma como são feitas as peças.
Vereador Pedro Pereira e artesã Célia Oliveira em direto a partir de Tallin na Edição das 12 da Antena Livre
De referir, a título de curiosidade, que os artesãos tiveram, em Portugal, uma microformação de inglês básico, como forma de facilitar o diálogo com a população local e com os interlocutores.
Recorde-se que a TAGUS lançou a rota das Artes e Ofícios do Ribatejo Interior que pretende focar-se na valorização das artes e ofícios tradicionais dos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal.
E este trabalho pretende valorizar as artes e ofícios tradicionais do Ribatejo Interior, enquanto elementos diferenciadores deste território com a sua adaptação às tendências atuais de mercado e a novas áreas de expressão, criação cultural e artística.
