A APA – Agência Portuguesa do Ambiente divulgou esta tarde o resultado de algumas análises realizadas no dia 25 de janeiro a unidades industriais e ETAR’s, em vários concelhos da linha do Tejo, sendo que alguns resultados só serão conhecidos na próxima semana.
Relativamente às inspeções realizadas no território de Abrantes, os resultados dão conta de incumprimento de parâmetros ocorridos na ETAR da Fonte Quente, em relação aos níveis de carência bioquímica e química de oxigénio e de sólidos suspensos totais. Nuno Banza, Inspetor Geral do Ambiente referiu que: “não consideramos estes incumprimentos expressivos, uma vez que esta ETAR apenas contribui com 5% da carga orgânica despejada no Tejo”.
A Abrantáqua, concessionária de águas residuais no Concelho de Abrantes, será notificada para proceder às devidas correções.
Sobre os dados hoje revelados, a Câmara Municipal de Abrantes (CMA) manifesta o seguinte:
“Congratulamo-nos com as diligências dos serviços do Ministério do Ambiente com vista a apurar responsabilidades sobre o cenário devastador de poluição no Rio Tejo e sobre o qual, por diversas vezes, já nos pronunciámos e tomámos posição;
A CMA, enquanto entidade responsável pela concessão deste serviço, vai solicitar à entidade concessionária, a Abrantáqua, esclarecimentos sobre a situação aludida pelo resultado das inspeções;
Abrantes assume as suas responsabilidades, sendo disso exemplo o investimento que tem feito ao longo dos últimos anos em matéria de recolha de tratamento de águas residuais;
A CMA refuta que uma situação que eventualmente tenha acontecido e que é de caracter pontual, seja apontada como estando na origem do manto de espuma no rio, ocorrido nas últimas semanas. Não há descargas de ETAR´s urbanas capazes de provocar o que se tem assistido no Rio Tejo, nomeadamente no território de Abrantes, bem como a montante de Abrantes com episódios constantes de espuma.
Repetimos: congratulamo-nos com as iniciativas desenvolvidas e sobre as quais estamos na expetativa que venham a apresentar respostas cabais para o esclarecimento definitivo da situação.
Este é um problema que não é apenas do território de Abrantes.
É um problema nacional que urge respostas urgentes, sob pena de perdermos um grande ativo nacional que é o rio Tejo”.
Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA, já prestou declarações aos jornalistas e congratulou-se “por estarem a ser tomadas as iniciativas que nós entendemos necessárias para chegar a quem, efetivamente, não cumpre e provoca fenómenos como aqueles que estamos a assistir no Tejo”.
Em relação à ETAR da Fonte Quente, em Abrantes, “cuja gestão é feita por uma entidade concessionária, (…) teve um problema efetivo por aqueles dias mas os resultados demonstram que os incumprimentos são demasiado pequenos para poderem sequer ser considerados no problema grande que se abate sobre o Tejo”.
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