O Movimento pelo Tejo - proTEJO – afirmou hoje estarem reunidas as condições para se resolver o problema da poluição no rio Tejo, desde que implementado um conjunto de medidas.
“Pensamos estarem agora criadas as condições para resolver definitivamente o problema da poluição no rio Tejo e seus afluentes”, indica aquele movimento ambientalista com sede em Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém, em comunicado.
Nesse sentido, o proTEJO defende que o problema da poluição no rio Tejo pode ser resolvido “se o Governo e a Assembleia da República aprovarem a legislação necessária para melhorar a eficácia da fiscalização, nomeadamente, no que respeita à legislação relacionada com a obtenção de meios de prova”.
A revisão de todas as licenças dos operadores que rejeitam efluentes no rio Tejo de modo a que o volume de água utilizado na laboração das empresas seja condicionada à água disponível/armazenada e aos caudais do rio Tejo, é outra das medidas que constam no comunicado.
Os ambientalistas defendem ainda "que o efluente rejeitado para o rio Tejo tenha qualidade suficiente de modo a contribuir para melhorar o estado ecológico das suas massas de água" e a "adoção de uma perspetiva de se ter um rio vivo, que dê vida e com dinâmica fluvial" e "não como um mero meio hídrico recetor destinado à depuração de efluentes de pouca qualidade".
O proTEJO admite ainda "a viabilidade do funcionamento da Celtejo", empresa de pasta de papel instalada em Vila Velha de Rodão e alvo de sanções pelo Ministério do Ambiente, desde que sujeita a algumas condições como uma fiscalização contínua, rigorosa e eficaz por parte das autoridades.
Condicionar a utilização da água do rio Tejo na laboração à água disponível e ao caudal existente no rio Tejo e definir-se parâmetros de rejeição das águas residuais que contribuam para melhorar o estado ecológico do rio, são outras das condições.
Os ambientalistas defendem ainda que a Celtejo "assuma a reparação dos danos ambientais e económicos causados pela deterioração causada ao rio Tejo, com maior gravidade nos últimos três anos".
Por fim, exigem que a empresa "retire a ação interposta contra Arlindo Consolado Marques", membro do proTEJO, "por ofensas à sua credibilidade e bom nome em consequência das denúncias que o mesmo tem feito e divulgado nas redes sociais sobre a poluição do rio Tejo", e na qual a Celtejo reclama o pagamento de uma indemnização de 250 mil euros.
Lusa