A Associação Vidas Cruzadas assinalou na terça-feira, 2 de fevereiro, o seu 14.º aniversário. Sem possibilidade de fazer qualquer celebração por causa da pandemia, a Associação apostou numa mudança de imagem com um refresh no seu logótipo e passa a assumir como nome apenas Vidas Cruzadas.
“São 14 anos ao serviço da comunidade”, começa por dizer Vânia Grácio, presidente da Direção da Instituição Particular de Solidariedade Social. Devido à pandemia, “este ano não pudemos assinalar [o aniversário] com uma festa, mas não quisemos deixar de assinalar a data, porque é um marco importante na nossa história”.
A data acabou por ser celebrada com uma “renovação da nossa imagem e do nosso site, que já vinha a precisar”.
Vânia Grácio assume que a Vidas Cruzadas tem “crescido bastante ao longo destes anos e temo-nos adaptado aos desafios da comunidade. Estamos mais maduros e temos aqui um trabalho já feito”. No entanto, admite a presidente, “sentíamos que a nossa imagem anterior já não refletia na íntegra tudo aquilo que nós fazemos e tudo aquilo que construímos ao longo destes anos”.
Quanto à nova imagem da Vidas Cruzadas, “acaba por transmitir através do símbolo, muito bem conseguido pela equipa da Naperon, aquilo que nós fazemos e o que queremos marcar”.
Outra das alterações levada a cabo nesta data, tem a ver como nome. Como explica Vânia Grácio, “toda a gente nos conhece por Vidas Cruzadas, o «Associação» acaba por se diluir, mas mantivemos os laços” nesta que é, para a presidente da IPSS, “uma transição serena, mas muito objetiva”.
Quanto ao trabalho da Vidas Cruzadas que tem sido feito nos últimos tempos, Vânia Grácio revela que aumentou nos tempos de pandemia e se tornou “muito mais complexo”. “Não é que as situações sejam novas, porque as dificuldades económicas existem desde sempre e eu julgo que nunca conseguiremos acabar com elas porque há sempre assimetrias sociais, mas sim, agora temos tido um boom de pedidos de apoio”, explica.
E há de tudo um pouco nestes pedidos. Há quem contacte diretamente a associação, “embora nos peçam muitas vezes para não partilharmos com alguns parceiros que vieram até cá (…) por serem situações de pobreza envergonhada. Tentamos cumprir dentro do que é legalmente permitido para respeitar a situação da pessoa”. Os pedidos de apoio não são exclusivos de uma ou outra área do concelho pois “há pedidos de pessoas das freguesias mais isoladas, quer da zona norte, quer da zona sul do concelho”. Contudo, a maioria dos casos que aparecem “são da zona urbana”.
E a maior procura prende-se com alimentos. Vânia Grácio afirma que “os alimentos são o que mais precisamos porque, geralmente, é o que as pessoas mais procuram. Ou então, apoio para pagar despesas como a renda da casa ou outro tipo de encargos que já tinham assumido e que com a pandemia não estão a conseguir fazer face”.
Fica o apelo da Vidas Cruzadas de que “se a comunidade nos puder apoiar com alimentos, já será uma grande ajuda para podermos nós ajudar estas pessoas”.
Como valências, a Vidas Cruzadas tem o CAFAP - Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental, o SAAS - Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, o CLAIM - Centro Local de Apoio a Migrantes, o CRAT - Centro de Recursos de Ajudas Técnicas e a Loja Social - Banco de roupas, calçado e artigos para o lar.
As instalações da IPSS podem ser encontradas na Estrada Nacional 118, n.º 859, em Tramagal ou no Edifício S. Domingos, 336 r/c – G, em Abrantes. Ou ainda através do e-mail: direcao@vidascruzadas.org ou no site: http://www.vidascruzadas.org/