Os gatos e cães de Vila de Rei vão começar a ser transportados para o Canil-Gatil de Proença-a-Nova. O Município entregava os seus animais abandonados em Tomar, mas atualmente o Canil-Gatil intermunicipal daquela cidade já não tem capacidade para os animais de Vila de Rei.
Na última reunião de Câmara, na sexta-feira, dia 16 de março, foi aprovada, por unanimidade, a mudança de canil, que agora representa uma comparticipação autárquica de quatro mil euros anuais.
A sugestão da mudança foi realizada pelo veterinário municipal que fez chegar à Câmara um documento que dá conta que “em 2017 o CRO (Centro de Recolha Oficial) de Tomar apenas recebeu, procedente do Município de Vila de Rei, uma cadela parida e respetiva criação em 9/1 e um cão em 29/5, alegando sempre indisponibilidade nas restantes dezenas de solicitações efetuadas”.
O veterinário municipal sugere assim a adesão do Município de Vila de Rei ao Canil de Proença-a-Nova por considerar ser “mais viável, até pela sua proximidade e económica solução para esta complexa problemática, que será imensamente agravada com a entrada em vigor da Lei 27/2016 de 23 de agosto”.
Em declarações à Antena Livre, Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, explicou que nos últimos meses têm acontecido “alguns constrangimentos”, na medida em que o veterinário de Vila de Rei tenta “colocar os vários cães em Tomar” e não é bem-sucedido no seu objetivo.
“Por isso, nós não podemos manter esta situação. A Associação que está a gerir o canil (a APAT - Associação Protetora dos Animais de Tomar), não deixa que os cães de Vila de Rei entrem no canil, sendo assim tivemos de procurar outra solução. Não podíamos ter os cães numa estação intermodal, que se encontra no nosso estaleiro, meses e meses”, fez notar.
Ricardo Aires garantiu que “o canil de Proença-a-Nova tem todas as condições” e que é “gerido pela Associação Pinhal Maior” com a qual a Câmara de Vila de Rei é parceira.
Questionado sobre a quantidade de cães abandonados, o presidente afirmou que não é uma realidade significativa e que não se justificava o concelho ter um canil próprio, tendo lembrado que na sua maioria estes equipamentos são intermunicipais.