Vila de Rei comemorou hoje os seus 732 anos de Foral atribuídos por D. Dinis, que ergueu Vila de Rei a concelho.
As celebrações decorreram esta manhã no edifício dos paços do concelho, com o içar das bandeiras e a presença do Grupo de Cantares “A Bela Serrana” e a Villa d’el Rei Tuna. Seguidamente, teve lugar no auditório municipal a cerimónia de atribuição de distinções honoríficas e dos apoios ao nascimento e casamento.
Este ano, o Município apoiou 18 nascimentos e 7 casamentos, num investimento de cerca de 20 mil euros e ainda procedeu à distinção de 5 funcionários pelos seus 25 anos ao serviço da Câmara Municipal.
Em declarações à Antena Livre, Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal, lembrou que o Município foi “pioneiro nesta atribuição de apoio aos nascimentos” e, por isso, disse estar “bastante satisfeito”.
Ricardo Aires (à esquerda) entregou os apoios monetários aos jovens casais
Ricardo Aires vê este incentivo como algo “muito bom”, porque “estimula os jovens, que têm a sua residência no concelho. Claro que não há nenhum jovem que vai ter um filho por causa do subsídio da Câmara, mas isto é um estímulo e é sinal que o Município está com eles (…) É uma prenda simbólica para eles e nós agradecemos que continuem a viver no nosso concelho”.
No que diz respeito às distinções aos funcionários da câmara, o presidente referiu que também se trata de “estímulo para que continuem o seu trabalho. É um reconhecimento, pois são bons funcionários (…) Sem eles, o Município também não conseguia fazer as suas atribuições e, por isso, só tenho de lhes agradecer”.
Distinção pelos 25 anos de serviço na Câmara Municipal
Com um discurso marcado pelo tema dos incêndios, que assolaram o concelho no passado mês de agosto, Ricardo Aires referiu à Antena livre que chega o momento de erguer o concelho com o apoio e dedicação de todos os munícipes: “Todos juntos trabalhamos em prol de Vila de Rei. Cada um de nós nos seus trabalhos, cada um de nós nos seus concelhos, e todos esperamos continuar a ver renascer o concelho de Vila de Rei”.
Perante um auditório cheio de famílias, o autarca disse que o Município procurou “incluir” o concelho “no projeto governamental de atribuição de cadastro rústico, assim como, no projeto piloto de reflorestação”. Pois julga “que chegou a hora do Governo e da Assembleia da República dotarem estes territórios das ferramentas necessárias para um correto ordenamento do território”.
“Tal como após os incêndios de 1986 e 2003, também agora o concelho e as suas gentes, saberão dar as mãos e reconstruir o que fora destruído”, afirmou convicto.
Por sua vez, Paulo Brito, presidente da Assembleia Municipal de Rei, também lembrou os incêndios que deflagraram no concelho, mas afirmou que a palavra de ordem no dia de hoje era “esperança” e que todos os vilarregenses deveriam de estar unidos para ultrapassar o momento difícil que o concelho vivenciou com os fogos.
Os dois responsáveis vincaram a ideia que o dia do concelho é o dia “para celebrar a vida”.
As comemorações terminaram com o tradicional “Almoço Comunitário”, no Parque de Feiras, e com a atuação do Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei.