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Abrantes: Projeto da Endesa para o Pego tem 5 parques solares e 2 eólicos

25/07/2024 às 12:54

O projeto da Endesa para o Ponto de Injeção na Rede do Pego, já se sabia, vai contar com duas centrais eólicas e cinco centrais solares. O que até agora não se sabia, publicamente, era a localização destes parques, mas que constam do Estudo de Impacte Ambiental que está em consulta pública até 8 de agosto. Trata-se de um documento que pode ser consultado no portal https://participa.pt/.

O projeto conta com duas centrais eólicas: Aranhas (na Chamusca, com mais de 20 aerogeradores) e do Cruzeiro (Entre Vale das Mós e Vale da Vinha, com mais de 20 aerogeradores). Depois aponta a cinco centrais solares: Concavada (menos de 50 MWp), Torre das Vargens (mais de 100 MVA), Atalaia (mais de 50 MVA), Comenda (menos de 50 MVA) e Helíade (mais de 50 MVA). De acordo com o documento em consulta pública, o processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) do primeiro bloco do projeto, que corresponde ao Parque Eólico de Aranhas.

Em termos globais a Endesa tinha anunciado que o projeto do Pego conta com 365 MWp de energia solar, 264 MW de energia eólica, com 169 MW de armazenamento integrado e um eletrolisador de 500 kW para produzir hidrogénio verde. Este projeto vai ligar-se a parte do antigo ponto de ligação à rede da central a carvão do Pego, que conta com 224 MVA.

O EIA, consultado pela Antena Livre, indica que “do ponto de vista de estratégia de licenciamento (AIA), pretende-se que conjunto de projetos de energia renovável do Centro Electroprodutor do Pego seja apresentado / avaliado agrupando os mesmos por tipologia/estado de maturação dos projetos.”

Assim a Endesa apresenta o grupo 1 com o Parque Eólico de Aranhas (PEA), Subestação Coletora de Concavada (SCC) e respetivas ligações à RESP que corresponde ao presente estudo ambiental. O grupo 2 com Parque Eólico de Cruzeiro, sua subestação (PEC) e Respetiva Linha Elétrica de Ligação à Subestação Coletora de Concavada, Processo AIA 3731 ( em curso). O grupo 3 com a Central Solar Fotovoltaica de Atalaia, sua Subestação e respetiva linha de ligação à Subestação de Comenda + Subestação de Comenda e respetiva linha de ligação até à Subestação Coletora de Concavada (SCC) + Central Solar Fotovoltaica de Concavada e suas componentes (inclusive armazenamento integrado - BESS, Unidade de Produção de Hidrogénio Verde - UPHV e Compensador Síncrono) (EIA submetido no SILIAMB a 29 de junho de 2024).

E o grupo 4 com a Central Solar Fotovoltaica de Torre das Vargens , BESS e sua Subestação e respetiva Linha elétrica + Central Solar Fotovoltaica de Helíade e respetiva linha de ligação à Subestação de Comenda (EIA em curso).

Ponto de Injetção na Rede do Pego

No documento é ainda referido pela elétrica espanhola que a empresa tem um conjunto de investimentos que serão diretamente associados às intervenções de características “industriais” (produção de energia), mas que inclui também várias iniciativas: umas solicitadas diretamente no Programa do Procedimento e outras de índole voluntária.

Assim, e de acordo com o programa do procedimento que a Endesa ganhou há a criação de 75 postos de trabalho permanentes, de pessoal afeto à atividade da Central Termoelétrica a carvão do Pego, no momento do término da sua atividade; a partilha, com o município de Abrantes, de 3% da eletricidade renovável produzida pelo Centro Electroprodutor; a criação de um fundo para a realização de programa na área da formação profissional no domínio das energias renováveis, num valor de um Milhão de Euros; a instalação de 4 postos de abastecimento de carregamento de veículos elétricos em localização a acordar com o Município de Abrantes; a disponibilização de soluções de mobilidade sustentável, nomeadamente através da disponibilização de um veículo comercial e um veículo pesado de transportes de pessoas (minibus), para utilização em serviços municipais.

Mas a empresa aponta ainda um conjunto de iniciativas próprias, que “para além da sua importância social e ambiental, contribuirão para os aspetos económicos e de emprego.” E os projetos abarcam a formação e capacitação; projeto de recuperação de olivais abandonados; pastoreio em parques solares, e polo tecnológico de investigação.

Ainda de acordo com o documento apresentado no Estudo de Impacte Ambiental a Endesa garanta que na fase de exploração, previsivelmente a partir de 2027, uma produção de resíduos muito pouco significativa, exceção feita a ações de manutenção de equipamentos e limpezas; não é expectável a produção de emissões

atmosféricas que cause incómodo a recetores sensíveis na envolvente; o volume de efluentes é desprezável uma vez que os efluentes são originados exclusivamente na subestação/edifício de controle e resultantes de águas residuais domésticas do edifício de comando; e nos ruídos e vibrações o principal foco de ruído a introduzir o funcionamento dos aerogeradores, bem como de eventuais manutenções e reparações a efetuar.

Recorde-se que em março de 2022, a Endesa Portugal venceu o leilão para o Ponto de Injeção na Rede do Pego. Na altura a elétrica ficou à frente da Tejo Energia, Greenvolt, Brookfield & Bondalti, Voltalia e EDP Renováveis, empresas que também apresentaram propostas para este leilão.

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