O reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, pediu hoje aos peregrinos que vivem mais longe que cumpram a peregrinação de outubro através dos meios virtuais, para não fazerem uma viagem longa e depois não entrarem no recinto.
“Não corram o risco de vir a Fátima [nestes dias], podendo não conseguir entrar no recinto do santuário. Pedimos que se associem a nós, que façam a peregrinação pelo coração, através dos meios virtuais, que o santuário disponibiliza diariamente”, apelou Carlos Cabecinhas, numa mensagem a propósito da peregrinação que se realiza na segunda e terça-feira.
O plano de contingência estipulou que só cerca de seis mil peregrinos poderão assistir às celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro, que assinala a última aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos e é presidida pelo bispo de Setúbal e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas.
As peregrinações de maio e de outubro são as que costumam reunir maior número de peregrinos no santuário.
O reitor apelou à compreensão dos peregrinos que não possam estar presentes e pediu aos que se deslocarem à Cova da Iria responsabilidade no cumprimento das normas de segurança da distância física, no uso da máscara e no respeito pelas indicações dos acolhedores.
“No santuário, a preocupação pela saúde dos peregrinos e de quantos aqui trabalham é sempre prioritária e tem de o ser também num momento festivo como este”, frisou Carlos Cabecinhas.
O padre solicitou ainda que, caso os peregrinos já não consigam entrar no santuário, evitem aglomerar-se nas zonas limítrofes.
“Este ano, tudo é diferente, por causa da pandemia que nos atinge. Em maio, fizemos uma peregrinação, pela primeira vez, sem peregrinos e, em outubro, apesar de já contarmos com a presença de peregrinos, serão ainda muito poucos”, frisou, manifestando a sua “mágoa e tristeza” pelo facto de o santuário não poder acolher todos os peregrinos.
Carlos Cabecinhas convidou aqueles que não vão poder estar em Fátima na segunda e na terça-feira a deslocarem-se ao santuário nos sábados e domingos posteriores.
Nesses dias, poderão “fazer a experiência da procissão das velas, nos sábados, e, ao domingo, no fim da missa, a da procissão do adeus”, afirmou.
Na semana passada, o bispo de Leiria-Fátima, António Marto, pediu aos peregrinos “fé e responsabilidade cívica” para aceitar as restrições de acesso ao recinto durante as celebrações da próxima semana.
Lusa