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Abrantes: Município e Turismo de Portugal acertam protocolo para formação (c/áudio)

5/07/2023 às 10:38

O Município de Abrantes e o Turismo de Portugal assinaram um protocolo de colaboração no âmbito do programa “Formação + Próxima” que pretende capacitar os profissionais de todas as áreas do setor do turismo.

Este protocolo disponibiliza formação gratuita aos vários agentes do setor do turismo, mas também a todos aqueles que queiram ingressar na atividade turística, em conteúdos como a comunicação, gestão de equipas, e também as competências ligadas à inovação e criatividade.

E com a assinatura do acordo entre as duas instituições aconteceu a primeira ação de formação, levada a cabo pela Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, de Caldas da Rainha, sobre marketing, marcas e destinado a todos os funcionários do Município que lidam com todas as questões ligadas ao turismo.

De acordo com o texto do protocolo, o Turismo de Portugal vai elaborar um diagnóstico de necessidades de formação específicas do nosso território e criar e executar um plano de formação que responda às necessidades da atividade turística do município, de acordo com o diagnóstico realizado.

Só que este é, de acordo com Daniel Pinto, diretor da Escola das Caldas da Rainha e representante do Turismo de Portugal, um plano de formação que é adaptado às necessidades que a região de Abrantes venha a demonstrar ter necessidade. Pode passar pelos técnicos da Câmara Municipal, que lidam com o turismo, desde os empresários, aos operadores ou diretamente com os turistas, às empresas do setor, aos comerciantes, que podem ter cursos de, por exemplo, vitrinismo para potenciar os seus negócios. O responsável destacou que os conteúdos deste programa da “Formação + Próxima” “vão ser adaptados à realidade, às pessoas, às empresas, às associações, ao Município, vamos realizar os conteúdos que se entendam que são os necessários para o desenvolvimento do Município de Abrantes”.

Daniel Pinto explicou ainda que, sendo cursos gratuitos, podem receber inscrições de cidadãos em situação de desemprego ou que já tenham passado pelo setor do turismo e tenham ido para outras áreas.

Daniel Pinto notou que com a pandemia o setor do turismo teve entraves muito grandes, e face aos confinamentos e proibições de atividades, o setor viu os profissionais a diminuir drasticamente, sendo que as áreas da hotelaria e restauração têm hoje um grande problema em captar trabalhadores. E estas ações podem funcionar como entrada profissional em qualquer área do turismo. De realçar ainda que uma das grandes ou maiores preocupações assenta numa das grandes mais-valias nacionais e que ainda pode melhorar, ou seja, a arte de bem receber. “Acreditamos que este programa pode valorizar as pessoas, as empresas e ativar o território”.

 

Daniel Pinto

Daniel Pinto destaca a importância de criação de novas ofertas para captar novos fluxos, bem como a formação dos comerciantes que também contactam com o turismo e salienta o papel importante dos residentes porque “são os embaixadores da promoção e desenvolvimento da sua terra, são eles que dão um contributo essencial no desenvolvimento do turismo”.

Atrair, formar, qualificar e fidelizar são as palavras de ordem deste programa “Formação + Próxima” que prevê formar mais de 75 mil agentes turísticos a nível nacional nos domínios estratégicos da hospitalidade e valorização do território, captação de investimento e complementaridade da atividade, incentivos e apoios ao turismo. Este é um programa desenhado para o período pós, pandemia, para fazer face a todos os problemas sentidos pelo setor.

Neste momento a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste está com ações de formação em Abrantes e Torres Novas, onde também ontem teve início uma ação de vegetarianismo, o que pode vir a permitir criar relações de colaboração com outras instituições de ensino profissional na região.
Já sobre um eventual crescimento desta escola, que tem a sua área de trabalho em Caldas da Rainha e Óbidos, Daniel Pinto diz que não pensou na futura região do Vale do Tejo e Oeste, mas é uma ideia. “Nunca se sabe.”

 

Daniel Pinto

Para Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, este protocolo representa mais um passo que é dado na valorização das pessoas, neste caso nas pessoas que trabalham no setor do turismo. “É com muita satisfação que estamos a assinar este protocolo que coincide com as nossas políticas locais no que diz respeito ao turismo”. O autarca de Abrantes destacou o arranque do verão e as potencialidades de Abrantes no que diz respeito a ofertas turísticas. “Procuramos promover o nosso território e temos o Museu do Ano 2023 [MIAA - Museu Ibérico de Arqueologia e Arte] assinar este protocolo com o Turismo de Portugal é algo que se encaixa perfeitamente naquilo que pretendemos fazer para o futuro”, referiu Manuel Jorge Valamatos.

“Temos as dinâmicas desportivas e culturais, doçaria e gastronomia, um território excecional e temos as pessoas dedicadas e empenhadas e se fortalecermos estas ideias, conseguimos ser melhor que somos hoje”, concluiu o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes.

 

Manuel Jorge Valamatos

O protocolo assinado no ParqueTejo, em Rossio ao Sul do Tejo, onde estava a decorrer a primeira ação de formação tem uma duração de dois anos, podendo ser renovado por período sucessivos de dois anos.

 

A mudança de albufeira para “Lago Castelo de Bode” pode ser uma marca

Manuel Jorge Valamatos, presidente da Câmara de Abrantes e vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, deixou um exemplo daquilo que pode vir a ser uma mudança na região. E apontou ao facto de, por cá, todos falarem no Castelo de Bode como barragem ou albufeira. É uma coisa natural. Mas como marketing para o exterior do país, se for lago em vez de albufeira ganha outra dimensão. Até por causa das traduções.

Lago Castelo de Bode, disse Manuel Jorge Valamatos, é algo que está a ser trabalhado pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, nomeadamente na área da comunicação e do marketing.

Manuel Jorge Valamatos

É um conceito novo de “vender” este território, principalmente para o turismo estrangeiro. Lago Castelo de Bode pode vir a ser uma marca do Médio Tejo.

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