O vencedor do Mercury Prize Benjamin Clementine acaba de lançar um novo single, que levanta assim a ponta do véu do seu muito aguardado segundo álbum, “I Tell A Fly”.
Este novo single surge depois do “concerto memorável”, como descreveu o jornal Público, que o cantor deu no recente Vodafone Paredes de Coura, no dia em que o festival recebeu o maior número de espectadores. O público e a crítica renderam-se plenamente ao encanto de Clementine. “Dono de uma voz de assombrosa expressividade, o que é potenciado pela sua presença em palco, imponente no corpo esguio e altíssimo sobre o piano, olhos cerrados enquanto a voz se ergue, olhos bem abertos, postos em quem o observa para comunicar com uma proximidade que, não há muito, se julgava impossível”, escreveu o Público. Já a revista Blitz destacou “a solenidade com que se apresenta (apesar dos pés descalços), a beleza de estátua meticulosamente esculpida, tudo [em Benjamin Clementine] parece gritar sabedoria anciã”.
“I Tell A Fly” já está disponível em regime de pré-venda, sendo que em Paredes de Coura, Clementine apresentou em primeira mão estas suas novas canções. “Desde 2015, Benjamin Clementine cresceu e a sua música tornou-se mais complexa, mais densa, e deixou de rodar em torno de si próprio. I Tell A Fly é, por isso, um disco sobre o presente”, escreveu o Observador.
“Jupiter”, o novo single, sucede-se aos temas “Phantom of Aleppoville” e “God Save the Jungle”, os anteriores singles deste novo álbum. “I Tell A Fly” sucede-se ao álbum de estreia de Benjamin Clementine, “At Least for Now”, que foi premiado com o Mercury em 2015, e à colaboração deste ano com Damon Albarn para o último álbum dos Gorillaz. Após o lançamento de “I Tell A Fly”, Clementine voltará aos palcos europeus entre novembro e dezembro.
Informado por um visto dos EUA, descrevendo-o como "um alienígena", em “Jupiter” Clementine explora ideias de identificação, tanto pessoais como universais. “Ao abrir o visto tudo se clarificou para mim”, diz Clementine. “Para mim dizer ‘Jupiter’ era como dizer ‘Europa’ ou ‘Inglaterra’ ou ‘Edmonton’. Eu a vaguear pela América… Havia o Trump e a Clinton, mas já nada era seguro. É uma provocação às pessoas que são chamadas de alienígenas por outras pessoas, como se fossemos de outro planeta. Acho que seremos alienígenas para sempre.”
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