A subida dos caudais do rio Tejo nas últimas horas levou a Proteção Civil a ativar o Plano Cheias na Bacia do Tejo, em nível amarelo. O plano foi ativado pela Comissão Distrital de Proteção Civil na noite desta segunda-feira.
Já esta manhã o comando sub-regional da Proteção Civil do Médio Tejo deu conta das descargas registadas, sendo o caudal debitado pelo conjunto das barragens com influência no Rio Tejo de 2153 m3/s às 07h00 de hoje. O Caudal registado em Almourol às 08h00 era de 2252 m3/s.
De acordo com a Proteção Civil “a manutenção dos caudais com valores perto dos 2000 m3/s na soma dos caudais das barragens, desde as 19h00 de 10 de março, constitui-se como fator de risco significativo no galgamento das margens do rio Tejo e consequente cheia.”
O Comando Regional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo e a Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém emitiram novo comunicado esta terça-feiram dia 11, às 13:30 horas, onde é feita uma atualização dos efeitos observáveis com os caudais a esta hora.
Município de Alpiarça
• EN 368 Alpiarça - Tapada
Município de Benavente
• EM1456 – Estrada do Campo
• Estrada da Minhola
Município de Salvaterra de Magos
• Rua da Falagueira, Marinhais
• Estrada do Paul Marinhais – Foros de Salvaterra
• Entre cruzamento EM 581 – Rua dos Casais e Rua do Custódio Russo
Município de Coruche
• Submersão do desvio à Ponte da Escusa - (Couço-Coruche)
• Submersão Estrada de Meias
• EN114-3 / EN 119 – Estrada da Amieira
• Ponte da Escusa
• Rua do Paul
• Passagem de Entre - Águas
Município de Golegã
• CM1 – Golegã - Quinta da Broa
• CM 30 Golegã - Azinhaga
Município do Cartaxo
• EN 3-3 Vale de Santarém - Lenço das 3 pontas
• E.N. 3.2 Valada – Porto de Muge
Município de Torres Novas
• Estrada Municipal 570 - Riachos
Município do Abrantes
• Estrada de canoagem, Alvega
Município do Constância
• E.M. Tramagal – Stª Margarida
• 80% parque de estacionamento
É espectável nas próximas horas, a manutenção dos caudais elevados debitados pelas barragens da bacia do tejo.
Estação Canoagem Alvega / foto Foto de Arquivo Marta Fernandes
David Lobato, comandante sub-regional do Médio Tejo da ANEPC deu conta dos constrangimentos e deixou os alertas para as populações das zonas ribeirinhas, para terem atenção à subida dos caudais do Tejo.
David Lobato, comandante Proteção Civil Médio Tejo
Em Abrantes os Bombeiros foram ativados ontem à noite para um resgate de pessoas que ficaram isoladas numa viatura devido à subida dos caudais do Tejo. A subida das águas cria, a zona dos aluviões de Alvega, ilhas e as quatro pessoas ficaram “presas” numa dessas ilhas.
Ainda durante a noite, António Manuel de Jesus, comandante dos Voluntários de Abrantes, indicou a necessidade de resgate de animais na zona de Arrifana, Rossio ao Sul do Tejo.
Há ainda uma nota de que esta manhã os operacionais foram novamente chamados a Alvega porque um rebanho de ovelhas terá ficado isolado com a subida dos caudais. Os bombeiros vão avaliar a necessidade de retirar os animais, consoante a evolução dos caudais do Tejo.
António Manuel Jesus, comandante dos Bombeiros de Abrantes
A Proteção Civil deixa uma mão-cheia de conselhos para os próximos dias, em que se prevê a continuação do tempo instável:
- Adoção de condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual
formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou veículos;
- Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos
agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
- Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento e limpeza de linhas de água assoreadas;
- Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos
troços marginais dos cursos de água;
- Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas, de
atividades agrícolas e florestais localizadas nas margens das linhas de água;
- Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das
linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
- Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
(ATUALIZADA às 15 horas)