Os autores Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Jorge Costa Pinto e Nuno Nazareth Fernandes, quatro nomes da música e cultura portuguesas, foram condecorados pelo Presidente da República, em Lisboa, revelou a Presidência da República.
Segundo informação divulgada na terça-feira, os músicos Fernando Tordo e Paulo de Carvalho foram agraciados por Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de comendador da Ordem da Liberdade.
O maestro e compositor Jorge Costa Pinto e o letrista e argumentista Nuno Nazareth Fernandes foram condecorados pelo chefe de Estado com o grau de comendador da Ordem do Mérito.
Embora com carreira firmada em nome próprio ao longo das últimas décadas, os caminhos dos quatro autores agraciados cruzaram-se na música portuguesa, em parcerias e colaborações artísticas, nomeadamente no Festival da Canção.
A título de exemplo, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, ambos com 75 anos, trabalharam juntos por diversas ocasiões, como em 1971, quando gravaram o álbum “Festival de Camaradagem”, com o Duo Orfeu e Ary dos Santos; como em 1977 quando fizeram parte do grupo Os Amigos e venceram o Festival da Canção a interpretarem a música “Portugal no Coração”; ou como nos anos 1980 quando fizeram o espetáculo “Só Nós Três”, com Carlos Mendes e direção de Pedro Osório.
Recentemente, Fernando Tordo atou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção de Jorge Costa Pinto, hoje com 90 anos, nome ligado ao jazz em Portugal, arranjador, compostor, antigo baterista, e também um dos orquestradores e chefes de orquestra mais vezes presente no Festival da Canção, tendo dirigido "Tourada", com que Tordo venceu o certame em 1973.
Nuno Nazareth Fernandes, 80 anos, é o autor da composição das músicas “Desfolhada” e “Menina do Alto da Serra”, ambas com letras de Ary dos Santos e apresentadas no Festival da Canção, a primeira interpretada por Simone de Oliveira e a segunda por Tonicha.
A canção “Menina do Alto da Serra” teve orquestrações de Jorge Costa Pinto.
De acordo com a Presidência da República, a Ordem da Liberdade reconhece “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa e à causa da liberdade”.
Já a Ordem de Mérito destina-se a galardoar “atos ou serviços meritórios” e que “revelem abnegação em favor da coletividade”.
Na área da Cultura, Marcelo Rebelo de Sousa também condecorou esta semana o cartoonista António com o grau de comendador da Ordem da Liberdade.